sábado, 14 de janeiro de 2023

SEM SUJEITO O PREDICADO

Do tempo que namorei, não tenho saudade do sujeito.
Mas do predicado, eu tenho.
Tenho saudade do sentimento.
Também tenho, do envolvimento.
Da alternativa de ir e vir.
Ora eu podia dormir lá, ora ela vinha dormir aqui.
Agora, ninguém dorme na casa de ninguém.
Não dá, não se pode.
Marmanjas com horário pra voltar.
Mães com satisfação pra dar.
Ou pode ser também, falta de querer ficar.
Pensamento forte pra que se vá.
E sendo assim, não dá.
Nem certo, nem progresso.
E por isso eu espero.

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