Não está no fim, tampouco vencida ou superada.
Mas demos um grande passo, e será um mal ainda a convivermos.
O que não podemos, é parar a vida.
Se bem que demos uma boa pausa.
As pessoas se afastaram amedrontadas, com razão, claro.
Mudamos nossa rotina, se bem que eu, nem tanto.
Me aventurei por necessidade de trabalhar.
Enquanto uns ficavam e pregavam o "fique em casa".
Continuei manifestando o meu amor e afeto.
Com abraços e beijos nos meus entes queridos.
Minha mãe, meus filhos.
Não com irresponsabilidade, pelo contrário.
Sempre com cuidados devidos.
Nesse meio tempo, minha mãe se foi.
Mas não pelo mal que nos assola.
Foi porque chegou seu momento de ir embora.
Era sua hora.
Não foi a minha, mesmo com riscos.
Hoje me sinto um guerreiro.
Guerreiro já vacinado, assim como os meus entes amados.
Que agora podem continuar a ser abraçados.
Livre ninguém está, a salvo, tampouco.
Só que nunca estivemos, nem de doenças, nem de violência.
Sempre lutamos por sobrevivência.
Então que agora, tudo volte ao normal.
Mais vida real, menos relação virtual.
Abraços demorados, mas juntos, não enviados.
A vida segue, até uma hora, que será a sua.
Seja por causa natural ou andando na rua.
Não venci nada, mas passei fases.
Posso, de repente, não te ver mais amanhã.
Nem meus filhos e nem meus amigos.
Mas a vida é assim, arriscada.
Sem risco, não se vive nada.
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