Já
tens o formato, mas não tens a cor.
Ainda
tens algum tempo para estar madura.
E
ainda não tens o verdadeiro sabor.
Como
um passarinho sob as asas da mãe.
Ainda
só come o que a ela regurgitar.
Suas
penas ainda estão por surgir.
E tu
ainda não podes voar.
Como
um regato que nasce lá longe.
Depende
da água da chuva para crescer.
E se
tu quiseres se tornar um grande rio.
Tu
tens um longe caminho a percorrer.
O
tempo passa depressa.
Os
frutos da árvore amadurecem.
Os
filhotes saem debaixo das asas.
Saltam
de seus ninhos, batem asas e desaparecem.
Voam
tão alto quão tão longe.
E suas
vidas irão iniciar.
Irão
encontrar seus parceiros na jornada.
E com
eles deverão procriar.
Os
pássaros alçaram seus vôos.
O
regato se tornou um grande rio.
A
natureza nos cria para isso.
Providencia
a todos um desafio.
Temos
que saber nossa hora.
De
saltar do alto, bater as asas e saindo voando.
Se não
sabemos para o que fomos criados.
Caímos
ao chão, nos estatelando.
A
natureza é sábia.
Mas o
homem por vezes não.
Por
vezes o coração predomina.
Mas
por vezes temos que ouvir a razão.
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