sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

PAIS E FILHOS

A gente nasce filho de uma mãe.
Não necessariamente de um pai.
Pode ter sido apenas um ser deplorável.
Um cara inconsequente.
Que deu uma gozada dentro e caiu fora.
Mas há também os que assumem.
Que ficam e não vão embora.
E há os que ficam, mas parece que não estão.
Desses, existem de montão.
Tem pai de todo jeito.
Mãe tem só de dois tipos.
Mãe de cordão e mãe de coração.
As que põe filho no mundo.
As que fazem dos filhos o seu mundo.
Perfeito quando as duas são uma fusão.
Mas muitas vezes não são.
Tem mãe que só abre as pernas.
Deploráveis como os caras que somem.
E tem a mãe fantástica.
Que é a que cuida debaixo a asa.
A que cumpre a dupla função.
E tem o super pai.
Que embora não tenha gerado no ventre.
É competente.
Só não dá peito, mas é perfeito.
Tem surgido muitos destes hoje em dia.
Mas e os filhos?
Eles são uma benção.
Pelo menos enquanto são pequenos.
Mesmo que sejam travessos.
Ainda assim eles são.
A gente se abraça e se beija.
Só que eles crescem.
Mudam da água pro vinho.
Já nem abraçam mais.
Alguns gritam com os pais.
Mas alguns ainda são benção.
Outros são preocupação.
Destes tem de montão.

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