A paixão é uma intrusa que entra pelos olhos.
Domina o pensamento.
Conquista o coração e se torna sentimento.
Encontra-se no olhar e apresenta-se num sorriso.
Não disfarça e tampouco se camufla.
Está lá, escancarada no rosto da pessoa apaixonada.
Faz-se vulnerável contra a angústia pela saudade.
Delata a felicidade, mas também dá sinais de fraqueza.
São inimigos o tempo, o espaço e a distância.
Cabisbaixo cá estou, pensando no meu sentimento.
Lutando contra possibilidades e perspectivas.
Confesso que um pouco pessimista.
Pois se não há chuva, a terra seca e as plantas morrem.
Então me faço algumas perguntas.
Se a saudade aquece um coração apaixonado?
Se há angústia na impotência diante das impossibilidades?
Não comparo meus sentimentos a terra.
Não comparo meu amor às plantas mortas.
Mas comparo você a chuva, que trouxe vida a minha vida.
Que tornou floridos os meus caminhos.
Mas agora há estiagem e as flores começam a murchar.
Precisam de ti para que não deixes a terra secar.
As plantas morrerem e a vida acabar.
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