sábado, 9 de maio de 2009

UM GUERREIRO TAMBÉM CHORA

Nesta noite eu tive um sonho.
Sonhei que tu estavas ao meu lado.
Teu sorriso, teu corpo e tua alma.
Eu sentia o teu cheiro, o teu toque, os teus beijos.
Podia estender minha mão e tocar os teus lábios.
Ali, entre carícias e desejo.
Estávamos longe da realidade indesejável.
A realidade que insiste em nos separar.
A realidade que transforma dias felizes em uma noite de revolta.
Mas eu havia de acordar e enfrentá-la como um guerreiro.
Um guerreiro que não derrama sangue e sim suas emoções.
Dizem que guerreiros não choram, mas te digo que choram.
Choram quando perdem a boa vontade em pregar a paz.
Choram quando são obrigados a empunhar armas.
Sim, os guerreiros choram.
Não sou um guerreiro de armas, mas sim de perseverança.
Que ouve ecoar dentro de si vozes de incentivo.
“Segue em frente guerreiro, faça prevalecer o teu desejo”.
“Esqueça os ferimentos dos teus pés e siga em frente, 
pois tu ainda tem os pés e um longo caminho”.
“Desvia-te de todos os obstáculos sem alterar a tua 
trajetória e se for preciso, transponha-os”.
É o que diz meu coração ao lembrar-me de teu rosto.
E o que diz meu pensamento ao esmagar o meu desânimo.
É o que me faz enfrentar feras e exércitos.
Porque sei que no final de toda batalha, estarei com você.
Em teus braços, vendo o teu sorriso e sentido o teu cheiro.

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